MÉTODOS ALTERNATIVOS
1 . ACUPUNTURA
Tem origem chinesa. A aplicação da acupuntura visa restabelecer o equilíbrio da energia vital nas suas formas Yin e Yang. Os médicos chineses ainda não descobriram qualquer base científica que esclareça como ou se a acupuntura realmente funciona.
Baseia-se na anatomia sutil dos meridianos e dos pontos acupunturais, existiriam cerca de 1000 pontos, que poderiam ser acessados por agulhas especiais feitas de ouro, prata ou aço. Os meridianos em número de 12 pares, seriam canais invisíveis por onde fluiriam Yin e Yang. Não há qualquer confirmação da existência desses canais, no entanto os chineses afirmam que eles estão diretamente relacionados com determinados órgãos do corpo, os quais por sua vez se relacionariam com todo o restante do organismo e também com a mente e o espírito do indivíduo.
EXEMPLO: O 12° meridiano além de filtrar a raiva, o ódio ou uma vontade muito grande reprimida, comandaria também as múltiplas funções do fígado, especialmente as relacionadas com o metabolismo e a sexualidade, os músculos e a acuidade visual.
2 . IRIDOLOGIA
Fundamenta-se no princípio de que cada órgão do corpo humano teria um lugar de representação na íris, onde os órgão refletiriam constantemente seu estado de saúde ou de enfermidade. Íris é a parte colorida dos olhos e pode ser azul, verde, castanha, etc. Foi criado com o passar do tempo, mapas.
Como nos outros métodos vitalistas, crê-se que as alterações orgânicas da doença são precedidas por alterações da anatomia sutil, sendo detectáveis através do exame da íris antes mesmo do corpo manifestar qualquer sinal ou sintoma da doença.
Não há qualquer conexão física ou anatômica real e visível entre os órgãos do corpo e a íris. Ao realizar o exame, o iridologista na realidade não vê na íris o desenho dos órgãos corporais, ele apenas subjetivamente assume ou deduz que tal ponto da íris corresponde a tal órgão.
As explicações de como a íris se relaciona com o corpo são variadas, já que não há comprovação cientifica. O iridologista Peter Johannes Thiel diz que “entre a íris e todos os órgãos internos existe uma excelente harmonia em forma de raios Od. Od é uma energia mundial geral derivada de Odin, que penetra todo o universo e se transforma em todas as demais forças ou formas de energia”. Segundo enquete realizada pela revista Stern com diversos iridologista sobre o porque estão convencidos de sua doutrina, em geral a resposta foi: “Simplesmente, porque é assim”. O próprio Dr. V. L. Ferrandiz, eminente iridologista e autor, reconhece que não basta apenas ciência para ser um iridologista, é necessário exercer fé. Este argumento do Dr. Ferrandiz confirma que a iridologia fundamenta-se em fatos que não se vêem, portanto, imateriais ou espirituais.
A iridologia tem na homeopatia (outro método de energia vital) o método terapêutico de eleição. É interessante notar que os idealizadores e defensores da iridologia foram na sua maioria homeopatas: Peczely, Nils Liljequist, Thiel, Muller, Andershou, Lahn, Lindlahr, Kritzer, V. L. Ferrandiz.
A iridologia também apresenta estreita relação com a cromoterapia a qual, através de estudo das variações das cores das íris, procura diagnosticar, entre outras coisas, transtornos psicológicos e até mesmo espirituais.
Também é notória a associação da iridologia com outras tecnicas esotéricas de ‘mapeamento sutil”, tais como: o diagnóstico pelo pulso, a quiromancia (diagnostico, ou melhor, adivinhação pelas linhas da palma da mão) e dactilomancia (adivinhação pelas linhas dos dedos).
Não é difícil perceber que a iridologia mistura numa mesma doutrina conhecimentos e conceitos reais e verdadeiros da medicina, especialmente da oftalmologia, com conceitos filosóficos panteístas orientais, ocultismo, prática de adivinhação e outras variadas deduções esotéricas.
A iridologia mescla-se muito bem com o cristianismo buscando apoio em textos bíblicos isolados usados fora do seu contexto, procurando assumir uma aparência moralmente e até espiritualmente correta. Com isto, ela cumpre o seu real objetivo principal, que é o de quebrar barreiras e baixar as guardas espirituais do praticante ou do paciente, abrindo sutilmente as portas da mente para o espiritualismo, diminuindo seu discernimento da pura verdade bíblica e finalmente distanciando-o de Deus.
3 . HOMEOPATIA
Método terapêutico criado pelo médico alemão Samuel Hahnemann (1755 – 1843).
A doutrina homeopática está fundamentada no conceito da força vital, uma eloquente afirmação do papel auto-regulador da consciência. A prescrição homeopatica agiria diretamente nesta força vital, vista como a chave para ativar as energias autocurativas do organismo. Segundo Hahnemann, esta força é “um ser imaterial que comunica vida e saúde ao corpo material; ela é única, permanente, invariável, e tem poder ilimitado sobre o corpo. Desta forma emanam todos os poderes vitais do organismo” (Organon 9-10). Toda e qualquer enfermidade seria causada por um distúrbio da força vital.
Pelo fato de crer que a doença sempre era causada por um distúrbio místico, espiritual, imaterial da força vital Hahnemann passou a afirmar que somente conseguiria curar o doente a partir da correção do tal distúrbio primário da força vital. Essa correção, só seria possível através de um remédio que atuasse não só no corpo, mas, diretamente sobre a força vital. Para isto, o remédio teria de ser igualmente imaterial, espiritual. Assim foi lançada a doutrina da dinamização, a qual diz que os medicamentos tornam-se mais ativos à medida que vão sendo diluídos. Quanto menos substância material eles contem, mais energia eles adquirem. A diluição da substância deve ser progressiva até eliminar da solução toda substância material, restando ali apenas sua energia. Ou seja, o medicamento puramente homeopático nõ contém nenhuma molécula sequer da substância original; a única substância material que contém é o álcool que foi usado como diluente.
A pratica homeopática inclui orientações naturais interessantes tais como: exercício físico moderado ao ar livre, alimentação conveniente, abstinência de certas drogas tais como bebidas alcoólicas, café, chá, chocolate; também recomenda a higiene corporal e domiciliar, ambiente ventilado, promiscuidade sexual, etc.. No entanto Hahnemann considerava que o essencial era mesmo o remédio homeopático dinamizado. Estes cuidados serviriam apenas como facilitadores para a ação do remédio dinamizado, sem o qual jamais haveria cura.
É impossível aceitar a homeopatia sem a concomitante aceitação da sua doutrina metafísica espiritualista. Ora, ao tratar do invisível, do espiritual e do inexplicável, a homeopatia sai do âmbito da ciência objetiva e cai no campo da especulação espiritual e, quando se refere ao campo espiritual, a ciência ou o cientista já não mais exerce autoridade alguma. No campo espiritual, a Bíblia, a Palavra revelada de Deus, é a única autoridade. E se não falarem segundo a Palavra de Deus jamais poderão ser confiáveis.
A homeopatia é um quase nada de ciência e um quase tudo de filosofia espiritualista e , como tal, prega uma doutrina diametralmente oposta à única doutrina espiritual verdadeira, a doutrina da Bíblia.
O próprio Hahnemann manifesta com clareza a sua crença no espiritualismo e no magnetismo animal ao recomendar, nos últimos parágrafos do Organon, a pratica dos mesmos como sendo o último e superior recurso homeopático.
A homeopatia não é meramente uma teoria científica ainda não esclarecida mas sim, uma doutrina espiritual claramente contestada pela Bíblia e pelo Espírito de Profecia.
4 . FITOTERAPIA
O uso medicinal das plantas, também chamado de fitoterapia ou medicina herbática, está intimamente associada com a idéia popular de medicina natural ou alternativa. É certo que além dos elementos nutritivos, tais como: vitaminas, proteínas, carbohidratos e lipídios, muitas plantas têm substâncias químicas que atuam no organismo de diversas maneiras: são os chamados princípios ativos. Estes princípios ativos podem agir terapeuticamente como: analgésicos, antiespasmódicos, antidiarreicos, antissépticos, calmantes, diuréticos, expectorantes, laxantes, etc.. Também existem plantas cujos princípios ativos são tóxicos, cancerígenos, para o organismos. Muitas vezes há uma mistura destes princípios (bons e ruins) na mesma planta.
Cuidemos com os seguintes aspectos da fitoterapia:
1. O desconhecimento das indicações, do modo de usar e dos verdadeiros efeitos da planta expõe o usuário ao risco da ineficácia ou toxidade.
2. Quem determina para que serve tal planta, qual a sua dosagem segura, como prepará-la e como usá-la ? É a crendice popular ? É a vizinha ? É a avó ? Um parente ? É a televisão ? O jornal ? Que revista ? Qual é o especialista em fitoterapia em quem realmente podemos confiar ? É o vendedor de plantas do mercado ? Ou será o atendente da farmácia natural ? Ou o gerente do supermercado ? Será o terapeuta naturalista, qual ? É confiável o que diz o rótulo de determinado “remédio natural”?
3. Remédio natural tem-se tornado um negócio bastante rentável para muitos. Devemos Ter cuidado com a charlatanice que encontra aí um campo fértil e rico para muitos espertos.
4. Que prova que determinado conteúdo, ou pílula, ou pó, etc.. realmente contém e na quantidade adequada ? Quem faz o controle de qualidade destes medicamentos ditos naturais ?
5. Cuidado com a perda de tempo. O atraso do início do tratamento adequado de enfermidade grave pode ser fatal. E assim tem sido para muitos !
6. Não é incomum observarmos o uso de determinadas plantas associado com atividades de curandeirismo, curas espirituais, simpatias, crendices e rituais místicos, que atribuem à planta poderes quase miraculosos que vão muito além da sua atividade farmacológica
BIBLIOGRAFIA
Medicina Alternativa - Autor Silas Gomes - Editora – Casa Publicadora Brasileira (CPB)
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